Aqui no Brasil temos ranço (essa palavra está na moda agora) com moedas. É muito comum as pessoas sempre deixarem as moedas em casa, guardadas em um cofrinho, ou então sair com as moedas contadas para o troco da passagem de trem ou ônibus e só.
Isso foi um costume que eu também sempre tive e acabei tendo problemas quando fiz minhas viagens pela Europa. Lá no Velho Mundo, as pessoas usam muito mais moedas do que dinheiro em papel.
Como o nosso Real Brasileiro é inspirado no Euro, somos já familiarizados com o formato dessas moedas. O problema começa quando você vai para o Reino Unido ou para algum outro país mais ao leste que não use o Euro.

No Reino Unido, por exemplo, o formato das moedas parece completamente aleatório à primeira vista para nós brasileiros:


Teve até uma vez em que eu estava em um pub cheio e parei no balcão para pedir uma London Pride (minha favorita no país). Como tinha muita gente pedindo, o barman viu minha dificuldade em contar as moedas e pediu para eu mostrar todas as que eu tinha para ele. Ele saiu catando as moedas necessárias e finalizou com um “thank you” que me dizia: “você não tem capacidade nem de separar moedas”.
Além dessa preferência pelas moedas, o europeu mantém um hábito que desapareceu do Brasil há alguns anos: dar 1 centavo de troco. Não importa, se você for até o supermercado, pub ou estação de trem, se sua conta fechar em noventa e seis, noventa e sete ou qualquer outro número que pareça insignificante para nós, eles irão te dar moedas de um centavo de troco. Se durante sua viagem você continuar recusando a carregar moedas no bolso, voltará para o Brasil com uma coleção considerável de moedas de 1, 2 e 5 centavos.
Então, sempre que viajar para a Europa, use suas moedas. Se sobrarem alguns, guarde como lembrança ou como promessa de gastá-las na próxima viagem.